Pós-Parto e Sexualidade
Quando o assunto é sexualidade não é muito simples impor protocolos e manuais que possam ser efetivados da forma objetiva como classicamente é estruturado um protocolo médico.
Aqui é sempre importante relembrar três preceitos básicos.
1º Individualizar
2º Individualizar
3º Individualizar
O “BÁSICO” QUE VOCÊ DEVE SABER:
1- Sexualidade é agressividade saudável, e que pode ser classificada em genital e geral;
2- A sexualidade (extragenital) é energia - agressividade canalizada em vários setores do nosso existir; esporte, trabalho, arte, relacionamentos gerais como também a relação tão “delicada e agressiva” que é a relação mãe - recém nascido. Aqui também predomina o primitivo do inconsciente que é o sentimento amor - ódio;
3- A sexualidade genital pode ser vivenciada isoladamente (masturbação/auto- erotismo) e/ou com parceiro/a;
4- O pós-parto é período de crise com transformações e adaptações biológicas, psicológicas e sociais.
É um corpo que perdeu sua identidade, é uma cabeça que reelabora uma nova identidade, e uma mulher que vai exercitar um novo papel.
Por isso maridão é importante: atenção, sensibilidade e empatia e, ainda, a compreensão.
5- Em nível orgânico temos alterações hormonais com repercussão geral (sistêmicas altas) e local (genital) que comprometem o desejo e o coito.
- Os altos níveis dos hormônios na amamentação tendem a diminuir o desejo sexual.
- Na vagina as alterações hormonais e locais tendem a mudar a acidez levando a fragilização, facilitando dificuldades locais no coito.
- O corte na vagina e a cicatriz da cesárea também podem comprometer pela dor e pelo medo da dor que gera tensão muscular e tudo isso pode criar um ciclo vicioso (medo- tensão- dor- contração).
- Os sangramentos podem durar mais tempo que o previsto e aumentar a fragilização.
1- Em nível psicológico podemos observar várias alterações:
- uma relação mãe/recém- nascido normal ou até um pouco complicada.
- um sentimento de exclusão do pai que pode até evoluir para uma inveja mais agressiva;
- sentimentos ambivalentes de alegria- tristeza, euforia- desmotivação, esperança- frustração, medo- coragem na mãe que podem evoluir bem ou acabar numa mania (por exemplo: excessiva preocupação com a assepsia do bebê) persecutoriedade (por exemplo: fantasia que alguém prejudique ou roube o bebê), obsessão (por exemplo: horários rígidos para amamentação e sono) apresentando outra face da depressão pós- parto.
O QUE PODEMOS FAZER PARA AJUDAR:
- Facilitar comunicação abrindo diálogos sobre dificuldades eventuais, medos, crenças e mitos:
- Explicar que nesse período é comum a perda do desejo sexual no casal, mas que isso é natural e transitório;
- Esclarecer sobre a possibilidade de um reinício das relações com delicadeza, pela fragilidade do genital;
- Prescrever cremes do tipo estrogênios não absorvíveis, como o Promestriene para fortalecer a vagina e dar confiança a nossa mãe.
- Estimular o casal para que a mulher oriente, ela mesma, a penetração, pois se facilita o relaxamento, evitando pelo medo na penetração da vagina;
- Orientar que se pode usar na busca do prazer outras atividades fora do coito (por exemplo: masturbação mútua do casal ou a exploração de carícias pelo corpo) até que se estabeleça confiança para iniciar a penetração.
- Orientar o parceiro que a negação de uma relação, não é uma atitude de desamor, exclusão ou perda de desejo por ele. É transitório porque existe muito e erotismo na relação com o bebê. Não é um movimento contra ele e sim a favor dela e de suas necessidades. Um pouco de paciência e tudo volta ao normal.
- Por outro lado o mesmo pode acontecer com o novo pai que pode estar inibido pela amamentação ou outras alterações no corpo da puépera como também a fantasia da “santa mãe”. Não é um movimento contra ela, é a favor de suas necessidades, e com o tempo e boa comunicação tudo volta ao normal.
- Estimular a mamãe a comunicar claramente o seu “não desejo” porque se ela se submeter à relação por obrigação ou medo (que ele procure outra) é o mais curto atalho para desconforto, desprazer e aversão sexual.
- Comunicação e negociação clara das dificuldades fortalecem o vínculo e facilita o retorno ao sexo saudável.
- A orientação e o uso de um eficiente método anticoncepcional é básica e fundamental, pois o temor a gravidez é um forte obstáculo a um retorno saudável da vida sexual.
Aqui é sempre importante relembrar três preceitos básicos.
1º Individualizar
2º Individualizar
3º Individualizar
O “BÁSICO” QUE VOCÊ DEVE SABER:
1- Sexualidade é agressividade saudável, e que pode ser classificada em genital e geral;
2- A sexualidade (extragenital) é energia - agressividade canalizada em vários setores do nosso existir; esporte, trabalho, arte, relacionamentos gerais como também a relação tão “delicada e agressiva” que é a relação mãe - recém nascido. Aqui também predomina o primitivo do inconsciente que é o sentimento amor - ódio;
3- A sexualidade genital pode ser vivenciada isoladamente (masturbação/auto- erotismo) e/ou com parceiro/a;
4- O pós-parto é período de crise com transformações e adaptações biológicas, psicológicas e sociais.
É um corpo que perdeu sua identidade, é uma cabeça que reelabora uma nova identidade, e uma mulher que vai exercitar um novo papel.
Por isso maridão é importante: atenção, sensibilidade e empatia e, ainda, a compreensão.
5- Em nível orgânico temos alterações hormonais com repercussão geral (sistêmicas altas) e local (genital) que comprometem o desejo e o coito.
- Os altos níveis dos hormônios na amamentação tendem a diminuir o desejo sexual.
- Na vagina as alterações hormonais e locais tendem a mudar a acidez levando a fragilização, facilitando dificuldades locais no coito.
- O corte na vagina e a cicatriz da cesárea também podem comprometer pela dor e pelo medo da dor que gera tensão muscular e tudo isso pode criar um ciclo vicioso (medo- tensão- dor- contração).
- Os sangramentos podem durar mais tempo que o previsto e aumentar a fragilização.
1- Em nível psicológico podemos observar várias alterações:
- uma relação mãe/recém- nascido normal ou até um pouco complicada.
- um sentimento de exclusão do pai que pode até evoluir para uma inveja mais agressiva;
- sentimentos ambivalentes de alegria- tristeza, euforia- desmotivação, esperança- frustração, medo- coragem na mãe que podem evoluir bem ou acabar numa mania (por exemplo: excessiva preocupação com a assepsia do bebê) persecutoriedade (por exemplo: fantasia que alguém prejudique ou roube o bebê), obsessão (por exemplo: horários rígidos para amamentação e sono) apresentando outra face da depressão pós- parto.
O QUE PODEMOS FAZER PARA AJUDAR:
- Facilitar comunicação abrindo diálogos sobre dificuldades eventuais, medos, crenças e mitos:
- Explicar que nesse período é comum a perda do desejo sexual no casal, mas que isso é natural e transitório;
- Esclarecer sobre a possibilidade de um reinício das relações com delicadeza, pela fragilidade do genital;
- Prescrever cremes do tipo estrogênios não absorvíveis, como o Promestriene para fortalecer a vagina e dar confiança a nossa mãe.
- Estimular o casal para que a mulher oriente, ela mesma, a penetração, pois se facilita o relaxamento, evitando pelo medo na penetração da vagina;
- Orientar que se pode usar na busca do prazer outras atividades fora do coito (por exemplo: masturbação mútua do casal ou a exploração de carícias pelo corpo) até que se estabeleça confiança para iniciar a penetração.
- Orientar o parceiro que a negação de uma relação, não é uma atitude de desamor, exclusão ou perda de desejo por ele. É transitório porque existe muito e erotismo na relação com o bebê. Não é um movimento contra ele e sim a favor dela e de suas necessidades. Um pouco de paciência e tudo volta ao normal.
- Por outro lado o mesmo pode acontecer com o novo pai que pode estar inibido pela amamentação ou outras alterações no corpo da puépera como também a fantasia da “santa mãe”. Não é um movimento contra ela, é a favor de suas necessidades, e com o tempo e boa comunicação tudo volta ao normal.
- Estimular a mamãe a comunicar claramente o seu “não desejo” porque se ela se submeter à relação por obrigação ou medo (que ele procure outra) é o mais curto atalho para desconforto, desprazer e aversão sexual.
- Comunicação e negociação clara das dificuldades fortalecem o vínculo e facilita o retorno ao sexo saudável.
- A orientação e o uso de um eficiente método anticoncepcional é básica e fundamental, pois o temor a gravidez é um forte obstáculo a um retorno saudável da vida sexual.